terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Ele é o cara!


Luiz Felipe Eichstaedt de Bem, já ocupa a 7a posição no "Simulador Valor em Ação" , é claro que só está lá porque é um excelente profissional do mercado.

Além do mais é responsável pelo empréstimo do livro que deu origem ao inicio do meu artigo do MBA, que na verdade será entregue apenas no próximo ano, mas desde já estou verificando na prática o quanto a estratégia de Benjamin Graham vai render sendo utilizada em 24 ações do IBRX-100 que listei este final de semana, por enquanto sou o 2653 do ranking, porém até o final do ano vou acompanhar e estudar os indicadores para chegar a uma conclusão e no futuro fazer uma bela publicação de tal estudo...
Em outro post falo mais sobre o artigo...


Enfim, Luiz, parabéns meu amigo, continue se esforçando, e obrigado pelas dicas, conselhos, conversas, e conte comigo sempre!

Obs. Fofo velha, mas foi um grande dia! :)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Canadá



Se há algo que me deixa muito feliz, é ver as pessoas a minha volta crescendo, e ser o intermediador onde dois amigos estão crescendo e tem tudo para ir longe é mais do que bom!

Esta introdução faz parte da minha história, um sonho antigo que parecia abstrato, porém que cada vez vem se tornando cada vez mais próximo, isto graças ao meu amigo e grande professor de inglês Rodrigo Laemmle, que desempenha um excelente papel frente a loja da Canadá Intercâmbio (leia reportagem no hiperlink), e que me motiva muito a ir estudar naquela país que venho acompanhando há algum tempo já... E por confiança no trabalho deste meu amigo, venho indicando seu trabalho aos meus amigos; Meu amigo Alexandre, excelente profissional da área de compras, e ligado nas oportunidades de mercado, vem planejando fazer um intercâmbio, para o inicio do próximo ano.

Este post é dedicado a desejar a melhor sorte do mundo para vocês meus amigos, que tenham muito sucesso em seus negócios, e o momento é agora, vamos dar o melhor de nós e colhermos os frutos daqui há algum anos, como pode ser visto no gráfico da Pequenas Empresas Grandes Negócios Está é a hora!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Artigo

INSTITUTO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO – INPG
MBA EXECUTIVO EM FINANÇAS E CONTROLADORIA

















TRANSAÇÕES E OPERAÇÕES NO MERCADO FINANCEIRO E CAMBIAL





RAFAEL FRANCISCO DE AVILA LÉMKUHL


















Blumenau
Janeiro 2012
TRANSAÇÕES E OPERAÇÕES NO MERCADO FINANCEIRO E CAMBIAL

Rafael Francisco de Avila Lehmkuhl
Prof. José Luiz Borges Bandeira


introdução

Quando tratamos de operações e transações do mercado financeiro e cambial temos pela frente um abrangente campo a explorar, por isto inicialmente vamos adentrar em um resumo geral sobre o mercado internacional e posteriormente focar nos Pagamentos internacionais.
Por experiência própria posso afirmar que a forma de pagamentos não é nada fácil na prática, pois cada um será tratado de forma diferenciada e com mais, ou menos responsabilidades, este trabalho propõe auxiliar as empresas e/ou os players que buscam as melhores formas de pagamento para sua empresa.
Objetivos: Facilitar o entendimento do comércio internacional e do câmbio; Promover o meio pelo qual os pagamentos internacionais serão adotados;
Como observado por Ratti (2006, p. 62):
“Quando, porém, passamos para o mercado internacional as coisas tornam-se mais complexas. Não podemos impor aos exportadores dos demais países que aceitem a nossa moeda em pagamento das transações realizadas. Seria ferir a soberania desses países. [...] Assim, quando importamos dos Estados Unidos, pagamos em dólares, se comprarmos da Inglaterra, pagaremos em libras, da Alemanha, em euros. Vamos ter necessidade, portanto, de utilizar medas diferentes.”

E quando importador e exportador fecham contrato de compra e venda será que chegaram a avaliar o que seria o melhor para si ou simplesmente adotaram o que pareceu mais convencional?
Este trabalho foi desenvolvido através de pesquisas em obras de grande relevância nacional, e entrevistas com profissionais da área, sendo possível assim trazer o mais rico conteúdo e a visão pratica do sistema.

Globalização

Para facilitar o entendimento do que será apresentado posteriormente abordaremos inicialmente a globalização como pode ser vista em Cignacco (2009, p. 2):
“A globalização é considerada por algumas correntes de pensamentos como um mito ou como uma continuação de tendências. É vista como um fenômeno ou um conjunto de fenômenos reais em que há “um mundo sem fronteiras. Nesse cenário global, o Estado-nação se transforma em ficção e a política tem um poder efetivo reduzido. Existe uma conjunção importante de fatores que impulsionam e sustentam essa tendência. O começo desse fenômeno passa a ser reconhecido a partir do século XX. Outras correntes, no entanto, acreditam em uma origem mais remota, que encontra seu ponto de partida em épocas posterior a revolução industrial.”

A globalização sobre a ótica dos países é transcrita no Manual do Importador, editado na década de 70, pela Carteira de Comércio exterior do Banco do Brasil S/A (Cacex): “O comercio internacional é setor de primordial importância tanto para os países menos desenvolvidos, como para os países atingiram estagio superior de desenvolvimento. Nos primeiros, os governos estão conscientes de que, da expansão do intercâmbio e da melhoria das condições de troca, muito depende o crescimento econômico; nas nações mais poderosas os esforços são renovados, visando a melhores posições no mercado mundial, necessárias a manutenção do ritmo de desenvolvimento e, assim, do prestigio de que desfrutam entre as demais nações. Indistintamente, portanto, países pobres e países ricos lutam para obter no comercio exterior, recursos que favoreçam o incremento de suas importações de bens de capital, produtos intermediários, serviços e bens de consumo, indispensáveis ao progresso social e a elevação dos padrões de vida de suas populações.” Trazendo este conceito de globalização para as empresas citamos Cignacco (2009), Entendem-se como a internacionalização de uma empresa os compromissos graduais e constantes de diversas naturezas (financeiros, humanos produtivo e outros), que permitam uma progressiva conexão com os mercados externos e promovam a geração de acordos comerciais em médio e longo prazos. Devido a esta progressão, órgãos internacionais são necessários ainda sobre a visão de Cignacco (2009) alguns destes órgãos como o FMI (Fundo Monetário Internacional), que quando concebido em 1944 fizeram parte 45 países que buscavam cooperação econômica que pudesse evitar a repetição de políticas econômicas desastrosas que contribuíram, principalmente, para a Grande Depressão dos anos de 1930. Do ponto de vista comercial, tinha-se a idéia de formar uma organização internacional de comercio (OIC), porém por diversos motivos não consolidou como órgão internacional. Em várias oportunidades buscou-se acordo até que de 1986-1994 nasceu a Organização Mundial do Comércio – OMC, que atualmente forma uma base sólida para discussão e solução das controvérsias que possam surgir entre os países.
Os processos da globalização são apresentados por Cignacco (2009, p. 35):
Figura 1:













Fonte: Cignacco 2009.

A figura acima apresentada representa os passos gradativos para a globalização, e como foi possível estabelecê-la como a conhecemos atualmente, isto facilitou e fez crescer o comércio internacional como veremos a seguir.


Comercio internacional

A introdução ao comercio internacional é acometida por Ratti (2007, p. 305): Ao observador menos avisado poderá parecer, a primeira vista que o comercio internacional nada mais seria do que um prolongamento do comercio interno, podendo, pois ser analisado mediante a aplicação dos menos critérios e métodos comumente utilizados para explicar o comercio interno. Já Cignacco (2009, p. 99) contempla que:
“Em primeiro lugar, os pequenos e médios empresários que decidirem se internacionalizar deverá focar-se nos objetivos relacionados a essa decisão. Na avaliação levam-se em consideração diversos planos de ação alternativos as atividades internacionais (ampliar a cobertura do mercado no mercado nacional). Posteriormente, analisam-se os prováveis resultados vindos dessas ações, que são conseqüências das decisões tomadas. E, por ultimo, realiza-se uma valorização adequada desses resultados.”

Sendo necessária a criação de mecanismos e documentos para facilitar a relação como pode ser visto em Bizelli (2002, p. 61):
“Como não é freqüente a sua confecção, o importador deverá solicitar ao exportador estrangeiro a remessa de um documento que formalize a negociação com a identificação precisa das partes, do produto e do preço pactuado, sendo quase sempre utilizada para essa finalidade a fatura pro forma, que, uma vez assinada pelo exportador ou seu representante legalmente constituído, traz formalmente as obrigações que assume na negociação comercial; com base nessa fatura, o importador, após sua analise minuciosa para aceitação das condições que envolvem a transação, devera fazer sua solicitação através do pedido, que uma vez assinado o vincula formalmente a operação.”

Ainda com base em Bizelli (2002) algumas informações da pro forma que podem ser mencionados em português ou em outra língua oficial do Gaft, são os dados do exportador, como nome e endereço completo, dados do importador, nome endereço, CNPJ, além da especificação da mercadoria, onde deve constar a descrição detalhada da mercadoria para facilitar o entendimento do importador, a saber, o que realmente está importando, e ainda definir qual a NCM correspondente, e ainda o preço, valor unitário e a condição de venda além do valor total, a condição de venda deve ser expressa pelo termo do incoterms.

Incoterms

Para entender o surgimento dos Incoterms Ratti (2007, p. 345) transcreve que:
“Os Incoterms surgiram em 1936, quando a câmara de Comercio internacional, com sede em Paris, resolveu editar um libreto consolidando e interpretando as varias formulas contratuais que vinha há muito tempo sendo utilizadas pelos comerciantes internacionais. Esse conjunto de normas ficou conhecido como “Incoterms 1936”. Alterações e adições foram feitas em 1953, 1967, 1976, 1990. Atualmente temos um novo conjunto de regras, denominado “Incoterms 2000”, em vigor a partir de 01/01/2000.”

Os termos dos Incoterms podem ser treze formas descritas na lista abaixo sob abordagem de Ratti (2007):

Lista 1 – Incoterms
1. EXW – ex works – Entregue no estabelecimento do vendedor (local designado);
2. FCA – free Carrier – franco transportador ou livre transportador (local designado);
3. FAS – free alongside ship – livre no costado do navio (porto de embarque designado);
4. FOB – free on board – livre a bordo do navio (porto de embarque designado);
5. CFR – cost and freight – custo e frete (porto de destino designado)
6. CIF - cost, insurance and freight – custo, seguro e frete (porto de destino designado);
7. CPT – carriage paid to – transporte pago até (local de destino designado);
8. CIP – carriage and insurance paid to – transporte e seguro pagos até (local de destino designado);
9. DAF – delivered at frontier – entregue na fronteira (local designado);
10. DES – delivered ex ship – entregue no navio (porto de destino designado);
11. DEQ – delivered ex quay – entregue no cais (porto de destino designado);
12. DDU – delivered duty unpaid – entregue direitos não-pagos (local de destino designado);
13. DDP – delivered duty paid – entregue direitos pagos (local de destino designado)

Para o melhor entendimento de cada termo de abaixo segue um breve comentário sobre cada termo segundo Bizelli (2002, p. 52):

EXW – A entrega da mercadoria ao importador ocorre no estabelecimento do vendedor, sendo de responsabilidade do importador todas as despesas de retirada da mercadoria daquele local.
FAS – A entrega da mercadoria ao importador se dá no costado do navio ou embarcação, no porto de embarque, ficando a cargo do importador as despesas subseqüentes.
FOB – A entrega da mercadoria ao importador ocorre a bordo do navio ou embarcação (cruzar a amurada), no porto de embarque. Transporte e outras despesas a expensas do importador.
FCA – O importador recebe a mercadoria quando a mesma é colocada sob custódia do transportador por ele contratado, no local indicado.
CRF – A entrega da mercadoria ocorre a bordo do navio ou embarcação (cruzar a amurada), contratada pelo vendedor, no porto de embarque.
CPT – O importador recebe a mercadoria no transportador, contratado pelo vendedor estrangeiro, que promoverá a vinda da mercadoria para o país.
CIF – A entrega da mercadoria ao importador ocorre a bordo do navio ou embarcação (cruzar a amurada), no porto de embarque, sendo o transporte e o seguro contratados pelo vendedor.
CIP – A entrega da mercadoria ao importador se dá no estabelecimento do transportador, que promoverá sua vinda para o país, sendo o transporte e o seguro contratados pelo vendedor.
DAF – A entrega da mercadoria ao importador ocorre na fronteira comercial – normalmente, fronteira aduaneira – adotada pelas partes.
DES – A entrega da mercadoria ao importador ocorre no porto de descarga, a bordo do navio.
DEQ – A entrega da mercadoria ao importador ocorre no porto de descarga, no cais.
DDU – O importador recebe a mercadoria em determinado ponto do território brasileiro ajustado com o vendedor.
DDP – A entrega da mercadoria ao importador, com os direitos de entrada já pagos ocorre em ponto designado do território brasileiro.

Estando finalizada a questão, com as duas partes de quais termos e quem vai ficar com mais ou menos responsabilidade entre exportador e importador, abordaremos um assunto um pouco mais delicado que são as formas de pagamento.

Pagamentos Internacionais

Os pagamentos internacionais são muito bem abordados por Ratti (2007) que define:
a) Remessa antecipada;
b) Remessa sem saque;
c) Cobrança;
d) Crédito documentário (carta de crédito);

a) Remessa antecipada – o importador remete previamente o valor parcial ou total da transação, após o que, o exportador providencia a exportação da mercadoria e o envio da respectiva documentação.
Esta modalidade de pagamento coloca o importador na dependência do exportador, complicando, portanto, riscos para o primeiro, pois enquanto não receber a mercadoria, não poderá ter certeza do regular cumprimento da obrigação por parte do exportador. Esse é o motivo pelo qual não é muito freqüente a utilização deste processo.
A remessa antecipada é empregada principalmente nos casos em que haja necessidade de o importador fornecer ao exportador os meios financeiros necessários para o atendimento do pedido de compra. Ocorre, por exemplo, na compra de maquinas e equipamentos construídos especialmente para o comprador. Nessa hipótese, é firmado um contrato entre comprador e vendedor, que garante ao primeiro as ações penais necessárias, caso o segundo não lhe envie o equipamento encomendado, ou o entregue em condições não satisfatórias.
A remessa antecipada poderá ocorrer, também, no caso de se tratar de mercadoria de valor reduzido, como na compra de um livro ou quando o importador não é conhecido nos meios comerciais ou ainda, quando a situação política do país do comprador for instável.
No Brasil pode ser livremente utilizada na exportação, mas há restrições quanto a seu uso na importação.
b) Remessa sem saque
O importador recebe diretamente do exportador os documentos de embarque (sem saque), promove o desembaraço da mercadoria na alfândega e, posteriormente, providencia a remessa da quantia respectiva para o exterior.
Neste caso, o exportador deve confiar na honestidade do importador, porque fica sem nenhuma garantia razão pela qual também não é muito freqüente a utilização de tal modalidade de pagamento, a não ser nas importações realizadas por filiais ou subsidiarias de firmas do exterior. Desde que haja uma confiança entre comprador e vendedor, essa forma de pagamento apresenta as seguintes vantagens:
a) É a maneira mais rápida de a documentação chegar às mãos do importador. Isso porque vai diretamente do exportador ao importador, sem transito bancário. Tal circunstância torna-se importante para mercadorias perecíveis, que poderiam estragar-se nos armazéns da alfândega, a espera de documentação que iria para um banco, onde seria registrada, para depois ser o sacado avisado de sua chegada
b) Outra vantagem de remessa sem saque é a de que as despesas cobradas pelos bancos para esta modalidade de operação são inferiores as outras opções, sendo que em alguns casos os bancos nem cobram comissão, porque o lucro auferido com a venda da moeda estrangeira já é satisfatório.
c) Cobrança – as cobranças internacionais são reguladas pelas UNIFORM RULES FOR COLLECTIONS (regras uniformes para cobranças), elaboradas pela câmara de comercio internacional, com sede em Paris.
Essas regras são objetos de revisão periódicos a fim de adaptá-las as transformações que ocorrem no comercio internacional. A ultima dessas revisões entrou em vigor a partir de 1 de janeiro de 1996 e deu origem a publicação no 522, daquela câmara, razão pela qual regras são comumente referidas como URC 522, podendo elas serem a cobrança a vista ou cobrança a prazo.
d) Credito documentário (carta de credito) - O credito documentário, também conhecido por carta de credito, é uma modalidade de pagamento bastante usual, porque oferece maiores garantias, tanto para o importador como para o exportador. É emitido um documento pelo qual um banco (o banco emitente), por instruções de um seu cliente (o tomador de credito), ou em seu próprio interesse, compromete-se a efetuar um pagamento a um terceiro (o beneficiário) ou a sua ordem, ou deve pagar ou aceitar saques emitidos pelo beneficiário, contra a entrega de documentos estipulados desde que os termos e condições do credito sejam cumpridos. O banco emitente poderá, também, autorizar outro banco a efetuar tal pagamento, ou a pagar, aceitar ou negociar tais saques.
A abertura, utilização e liquidação do credito devem ser processadas de acordo com as “Regras e Usos uniformes sobre créditos documentários (publicação número 500)”, aprovados pela câmara de comercio internacional e em vigor desde 01/01/1994. Já Bizelli (2002) ressalta a importância dos procedimentos, e o passo a passo, para a formulação e concessão da L/C, quando da realização de pagamento de importação a prazo de ate trezentos e sessenta dias, deve ser apresentada ao banco negociador copia do CI emitido pelo Siscomex, relativo:
a) Ao desembaraço aduaneiro para consumo, no caso de mercadoria importada diretamente do exterior em caráter definitivo;
b) A nacionalização da mercadoria, no caso de mercadorias admitidas inicialmente sob alguns regimes aduaneiros especiais ou atípicos.
A pedido do importador, o banco negociador do câmbio pode dispensar a apresentação do CI quando o pagamento se realizar no prazo de ate sessenta dias contado do embarque da mercadoria no exterior, observado o seguinte:
a) Devem ser anexados ao dossiê da operação copia da fatura comercial, do conhecimento de transporte internacional, do saque e da respectiva carta-remessa e, nos casos de carta de credito, copia do aviso de negociação do credito no exterior,
b) Quando a operação sujeitar-se ao regime de licenciamento não-automático antes do embarque da mercadoria no exterior, devem fazer constar o numero do respectivo LI, aprovado pelo órgão anuente, nos demais casos, as partes contratantes devem incluir clausula declaratória que indique a operação sob regime de licenciamento automático ou sujeito ao LI antes do despacho aduaneiro
c) Inclusão de clausula contratual onde as partes manifestem o compromisso de efetuar a vinculação do contrato a correspondente declaração de Importação, no prazo de até sessenta dias, contado da data da liquidação
d) A cada registro de liquidação no SISBACEN, deve corresponder um único conhecimento de transporte internacional.
Lista 2 – Passo a Passo da Carta de credito:
1. Fatura pro forma ou documento equivalente
2. Registro de LI se for o caso
3. Deferimento da li se for o caso
4. Proposta de abertura
5. Instituição/confirmação do credito
6. TEST/aviso ao exportador
7. Embarque
8. Negociação
9. Recebimento – exportador
10. Envio de documento / débito banco instituidor
11. Apresentação de documentos para pagamento ou reforço
12. Pagamento ou reforço
13. Desembaraço aduaneiro

Para finalizar, a importância de se entender, e se aprofundar nestes temas explanados, são abordados por Cignacco (2009, p. 66):
“Devido à falta de recursos financeiros para uma internacionalização adequada, as pequenas e as medias empresas necessitam do apoio do Estado para que possam cumprir com as políticas de marketing internacional. E de vital importância o estabelecimento de linhas de crédito e planos especiais de financiamento [...], além disso, o Estado deve formar um solido sistema financeiro nacional, com regras claras para os operadores nacionais e internacionais.”


























considerações fINAIS

Hoje o profissional da área de comércio exterior tem de estar preparado para negociar com todos os tipos de mercados, de ingleses a chineses, conhecendo ao menos um pouco da cultura com a qual se vai trabalhar, evitando ser pego de surpresa por um feriado religioso, por exemplo; como apresentado acima existe ferramentas, documentos e procedimentos que auxiliam sem dúvida o profissional e a empresa que está interligada comercialmente com o globo.
Ao iniciar este trabalho tive a oportunidade de ter trabalhado no setor de importação, porém com um privilégio que nem todos têm, de estar introduzido em um sistema “pronto”, onde importador e exportador são players de longa data no comércio internacional; porém onde se inicia a comercialização, é fundamental que haja profissionais, ou empresas contratadas para prestar todo o suporte, por vários motivos, afinal, erros simples podem fazer o processo ser muito mais demorado, ou estar sujeito a pagar multas por faltas de licenças ou dados indevidamente preenchidos, arriscando ainda ser parado pela receita federal em um possível canal vermelho onde serão exigidos os documentos exatos e descrições conforme a real mercadoria.
Sobre a questão dos Incoterms, muito vai ser decidido do quanto cada parte está disponível a ser responsável, sendo o importador o responsável por definir em caso de discórdia, afinal, o próprio tem decisão de comprar do exportador Y ou X, em todos os casos tem que ser avaliado uma serie de questões, desde Know-How até benefícios financeiros, podendo isto ser visto com o agente de carga, por vezes com o escritório de representação do exportador no país, ou com o próprio exportador, o que não pode é, esta questão passar despercebida, além do mais o tamanho da empresa e a quantidade de importações a ser realizado vão ser determinantes no melhor método a ser adotado, além de auxiliar na definição do modal.
Em relação a formas de pagamentos, o que pode ser percebido na prática não vai diretamente com o que descrito em Ratti (2007); Sobre as remessas antecipadas, pode-se perceber um uso comum e habitual, não necessariamente tendo que ser um dos extremos (valor muito alto de compra ou valor muito baixo de compra), principalmente quando se está iniciando uma conversação com o exportador negocia-se algo em torno de 30% antecipados, e os outros 70% contra apresentação de documentos, e uma diminuição progressiva em relação ao pagamento adiantado conforme as relações forem se estreitando. Em relação às remessas sem saques, o que pode ser visto também é que não apenas o exportador fica vulnerável em relação ao pagamento, assim como o importador fica vulnerável ao recebimento desta mercadoria, o cumprimento da data de embarque, e em casos de matéria-prima podendo até não suprir a demanda da fábrica por produção. Sem dúvida Bizelli (2002) e Ratti (2007), estão corretos ao afirmarem que a L/C é o método mais seguro para ambas as partes, porém como também pode ser visto na prática, é o método mais burocrático e demorado, descrito por Bizelli (2002) em 12 etapas, sendo que até a 5ª etapa podemos considerar 30 dias como tempo para realização de tais, levando em consideração um lead time do navio em 30 dias, e mais 7 dias para liberação (supondo canal verde), estamos falando de um planejamento de 67 dias ao se iniciar o processo de pedido/compra para importação.
Por fim o processo de importação/exportação e os pagamentos internacionais, não é tão simples como se parece inicialmente, este trabalho foi de grande valia para complementar a parte teoria em meu conhecimento prático do sistema, sendo ainda possível ir mais afundo em cada um dos temas abordados, fazer benchmarking em outras companhias e se atualizar constantemente com as práticas adotadas pelo mercado e as leis vigentes, sendo assim espero ter contribuído com o desenvolvimento e o discernimento deste assunto.





















REFERÊNCIAS

Livros:
BIZELLI, João dos Santos e BIZELLI, Ricardo Barbosa, Edições aduaneiras, São Paulo, 9ª edição. 2002.
CIGNACCO, Bruno Roque, Fundamentos de comércio internacional para pequenas e médias empresas, Editora Saraiva, São Paulo, 2009.
FARIA, Rogério Gomes, Mercado financeiro – instrumentos e operações – Pearson – Prentice Hall, São Paulo, 1ª. Edição. 1998
RADICCHI, Caio, Mercado de cambio & operações de trade finance, Editora Atlas, São Paulo, 1ª. Edição. 2009
RATTI, Bruno, Comércio Internacional e câmbio, Edições aduaneiras, São Paulo, 11ª edição. 2006.

Sites:
http://www.bb.com.br – Acesso em 10 de janeiro de 2012 às 11h59min.
http://www.csslog.com.br/arquivos/dicionario.pdf - Acesso em 22 de janeiro de 2012 às 21h40min.
http://www.logisticadescomplicada.com/glossario-descomplicado/ - Acesso em 14 de janeiro de 2012 às 18h21min.
http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=810 – Acesso em 22 de janeiro de 2012 às 21h53min.
http://www.receita.fazenda.gov.br/aduana/procaduexpimp/DespAduImport.htm - Acesso em 14 de janeiro de 2012 às 18h15min.








GLOSSÁRIO

AFRMM - Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante.
Aladi (Associação Latino-Americana de Integração) – Congregação de países que têm como objetivo o estabelecimento de um mercado comum latino-americano, formada por: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
AWB - Air Waybill ou Conhecimento de Transporte Aéreo.
B/L (Bill of Lading) – Conhecimento de embarque.
Benchmarking - Técnica que consiste em acompanhar o que as empresas líderes em seus respectivos segmentos estão utilizando processos/técnicas/métodos e adaptar o modelo para as operações da empresa, utilizando-o como referência/padrão a ser copiado. Trata-se de definir padrões internos de desempenho a partir da observação dos procedimentos adotados pelas empresas de classe mundial. É um processo de medição e comparação sistemática dos processos dos negócios de uma empresa com os líderes naqueles processos em qualquer parte do mundo, para obter informações que ajudarão a empresa a implementar ações para melhorar seu desempenho.
Canais verde, amarelo, vermelho e cinza - Uma vez registrada a declaração de importação e iniciado o procedimento de despacho aduaneiro, a DI é submetida à análise fiscal e selecionada para um dos canais de conferência. Tal procedimento de seleção recebe o nome de parametrização. A importação selecionada para o canal verde é desembaraçada automaticamente sem qualquer verificação. O canal amarelo significa conferência dos documentos de instrução da DI e das informações constantes na declaração. No caso de seleção para o canal vermelho, há, além da conferência documental, a conferência física da mercadoria. Finalmente, quando a DI é selecionada para o canal cinza, é realizado o exame documental, a verificação física da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificação de elementos indiciários de fraude, inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria.
Capatazia - É o serviço utilizado geralmente em portos, onde profissionais autônomos executam o trabalho de movimentação de cargas.
CI – Comprovante de Importação.
Consignee – Consignatário. Pessoa física ou jurídica indicada no documento de transporte que tem o direito de reclamar os bens ao transportador, no destino. Para os efeitos legais,
DI (Declaração de importação) – Documento-base do despacho de importação que deve conter a identificação do importador, a classificação, o valor aduaneiro e a origem da mercadoria, dentre outras informações.
House Bill of Lading ou House B/L – Conhecimento Marítimo emitido por um freight forwarder (transitário de carga).
Incoterms - sigla que identifica os 13 termos que padronizam a linguagem usada no mercado de exportação e importação.
Know-how ou knowhow - O know-how é o conhecimento necessário para se executar uma tarefa. Pode ser comparado ao conhecimento tácito, uma vez que é difícil transferir-lo de maneira escrita ou falada. Ao know-how estão associadas a experiência, a prática e a compreensão das limitações de uma solução para determinados tipos de problema.
Lead time- É o tempo que uma atividade exige. Em logística temos lead time de entrega, lead time de expedição, lead time de fabricação, dentre outros. Diminuir o lead time acarreta diminuição de custos.
L/C – Abreviatura de Letter of Credit (Carta de Crédito). LLP - Leading Logistics Provider ou Principal Fornecedor de Serviços Logísticos.
MAWB (Master Airway Bill) – Conhecimento Aéreo emitido pelo transportador ao consolidador da carga.
Packing List (Romaneio) – Relação de mercadorias ou volumes.
Shipper (Embarcador) - Na maioria dos casos é o próprio Beneficiário. Não havendo instrução em contrário, no Crédito, poderá ser um terceiro. É o mesmo que Consignator (consignante ou consignador).
Sider - tipo de carroceria de caminhão, que tem lonas retráteis em suas laterais.
Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior) – Sistema informatizado e controlado pelos órgãos governamentais intervenientes no comércio exterior, que controlam as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações.
Unitização - é agregar diversos pacotes ou embalagens menores numa carga unitária maior.
WCS - Waréouse Control Systems ou Sistemas de Controle de Armazém.
Wharfage ou Taxa de atracação - É a taxa cobrada pela administração de um porto para utilização do mesmo, nas operações que envolvem atracação, carga, descarga e estocagem nas docas e armazéns ligados ao porto.

domingo, 22 de janeiro de 2012

LIVROS!!!!!

Passei um tempo pensando em como poderia iniciar minhas doações para fins educativos, afinal ainda não desponho de grandes quantidades para fazer provas que darão direito a bolsas em grandes universidades... Apesar de já ter doado alguns livros, vou criar um sistema para emprestar os meus, criando assim um meio para o acesso gratuito as informações que considero muito privilegiadas... Enfim em breve disponibilizarei meu acervo para empréstimo :)

Mais um detalhe é que vou receber um valor que não estava esperando, devido a trabalhos alternativos, e tinha certeza que o fim deste numerário seria doá-lo, e ainda não sabia como, concluí que aumentando meu acervo com mais livros de qualidade posso estar ajudando mais pessoas....

Em breve.... :)

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A Bola de Neve - Warren



Meu presente de natal atrasado!
Um trecho do livro que enfim acabei de ler, mas que valeu cada minuto, agora basta se espelhar abaixo, quem quiser ter sucesso na vida, segue:

Quando Warren era um menininho que tirava impressões digitais das freiras e colecionava tampas de garrafas, não tinha conhecimento do que se tornaria no futuro. Mas, enquanto andava de bicicleta por Spring Valley, entregando jornais dia após dia, e corria pelos corredores de Westchester, com o coração batendo depressa, tentando fazer as entregas sem atrasos, se alguém lhe perguntasse se queria ser o homem mais rico do mundo, COM TODO SEU CORAÇÃO ELE TERIA DITO SIM.
A paixão o levara a estudar um universo de milhares de ações. Ele passou horas enterrado em BIBLIOTECAS e arquivos, examinando registros que ninguém se dava o trabalho de olhar. Passou noites e NOITES ESTUDANDO centenas de milhares de números, que queimariam os olhos de outras pessoas. LEU TODAS as palavras de diversos jornais a cada manha e absorveu o WALL STREET JOURNAL como se fosse sua Pepsi matinal (depois coca-cola). Apareceu de surpresa nas companhias, CONVERSOU DURANTE HORAS sobre barris com a mulher que cuidava do posto avançado da Greif Bros. Cooperage – ou sobre seguros de automoveis com Lorimer Davidson. LEU REVISTAS como progressive Grocer, para aprender como abastecer um departamento de carnes. Encheu o banco traseiro de seu carro com Moody`s Manuals e LIVROS CONTÁBEIS durante a lua-de-mel. Passou meses LENDO JORNAIS VELHOS que remontavam a um século para aprender sobre CICLOS DOS NEGÓCIOS, A HISTÓRIA DE WALL STREET, a história do capitalismo, a historia das corporações modernas. Acompanhou a POLÍTICA MUNDIAL intensamente e compreendeu a forma como ela afetava os negócios. Analisou as estatísticas econômicas até chegar a um entendimento profundo do que significavam. Desde a infância, leu todas as biografias que podia encontrar de pessoas que admirava, procurando lições que pudesse tirar daquelas vidas. Ligou0se a todos que poderiam ajuda0lo e se agarrou as s casacas de qualquer um que considerasse esperto. Deixou de lado as atenções para quase tudo que não fossem negócios – arte, literatura, ciência, viagens, arquitetura – para poder se concentrar na sua paixão. Definiu um círculo de competência para evitar cometer erros. Para limitar o risco, nunca assumiu dividas significativas. Nunca parou de pensar sobre negócios, sobre o que fazia um negocio ser bom e o que fazia um negocio ser ruim, como eles competiam entre si, o que fazia a clientela ser leal a um e não a outro. Tinha uma forma pouco convencional racionalizar os problemas virando-os de cabeça para baixo, o que permitia ter idéias que ninguém mais tinha. Desenvolveu uma rede de relacionamentos que – por causa de sua amizade, mas também da sua sagacidade - não apenas o ajudou, mas também soube ficar a distancia quando ele precisava. Em tempos difíceis ou fáceis nunca parou de pensar em formas de ganhar dinheiro. E toda essa energia e essa intensidade se tornaram o motor que alimentava sua inteligência inata, seu temperamento e suas habilidades.